terça-feira, 27 de março de 2012

270 anos do Convento de Santa Teresa

Localizado na cidade do Rio de Janeiro, o 1º. Carmelo do Brasil.
"Muito me alegro com as carmelitas por sua bela, rica e fecunda história e tradição." (Pe. Silmar Alves Fernandes)

História - Berço do Carmelo no Brasil - genuinamente brasileiro

NASCIMENTO E INFÂNCIA DE JACINTA

Jacinta
No dia 15 de outubro de 1715, festa de Santa Teresa, nascia na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro uma menina que recebeu na pia batismal o nome de Jacinta, filha de José Rodrigues Aires, natural da cidade do Porto em Portugal e Maria de Lemos Pereira, natural do Rio de Janeiro no Brasil.

Fala-se que a menina era pálida e bela. Desde muito cedo recebia educação religiosa. De noite escutava lendas e histórias de santos e de manhã acordava alegre para ir a Missa com seus pais. Carregava no pescoço um cordão com a imagem de Nossa Senhora que havia ganhado de sua mãe e dizia que com ele vivia sempre livre dos perigos e desgraças.

Entre muitas histórias de santos que ouvia, Jacinta se apegou a de Santa Teresa. Um dos motivos sem dúvida era o fato de ter nascido no dia da festa desta santa. Mas a santidade e a vida dedicada a Deus por Santa Teresa era o que mais a atraía. Jacinta suplicava a santa sempre que uma dor ou temor a incomodava.

Antes de atingir oito anos de idade, Jacinta ocupava os ouvidos dos padres para relatar visões que tinha de Nossa Senhora e outras vezes de Santa Teresa. Alguns relatos se dão conta de que um dia, Jacinta quando voltava da escola caiu em um lago que havia perto da Igreja do Rosário. Logo invocou a proteção de Santa Teresa que a teria tirado do lago. Em outro relato, Jacinta se via caindo do antigo Morro de Santo Antônio quando foi salva pela santa de sua devoção.

Os anos se passavam e a devoção de Jacinta aumentava. As visões também. Desde muito jovem, a menina passava longas horas em oração, jejum e penitência. Um pouco mais crescida, Jacinta desejou ingressar num convento, porém sua mãe foi contra.

As visões foram um marco na vida de Jacinta. Certa vez, ela viu Jesus aparecer curvado sob o peso da cruz e olhando com amor. Logo em seguida, tirou o lenho da cruz para descansar por alguns momentos sobre os ombros de Jacinta.

Aos quinze anos de idade, Jacinta sofreu um ataque nervoso, doença que a perseguia desde sua infância. Esse fato a deixou em completa insensibilidade como se estivesse morta. Ficou assim por dois dias. Todos já acreditavam em sua morte e já tomavam providências para o sepultamento quando ela acordou e voltou a si.

‘As visões de Jacinta e os fatos considerados por muitos como milagrosos já se espalhavam pela cidade do Rio de Janeiro e muitos já consideravam Jacinta como uma santa. Porém os médicos atribuíam essas visões a uma doença chamada catalepsia. A precariedade da época fazia com que nem os médicos nem a população afirmassem com certeza aquilo que Jacinta proclamava.

VOCAÇÃO DE JACINTA E A CHÁCARA DA BICA

O desejo de ingressar num convento venceu a negação da mãe. Francisca, sua irmã, desejou seguir Jacinta em sua vocação. As duas irmãs se preparavam para embarcar rumo a Lisboa em Portugal para obter licença e escolher o convento para se recolherem, quando Jacinta sofreu uma grave queda que a deixou enferma. A viagem teve que ser suspensa.

Semanas depois, quando melhorou um pouco, Jacinta ia a Missa encostada no ombro de sua irmã Francisca na antiga Ermida de Nossa Senhora do Desterro onde habitavam religiosos capuchinhos. Um dia, voltado da Missa nessa ermida, passando pelo caminho de Matacavalos, que levava esse nome por ser uma estrada de terra e lama e passagem de carruagens e cargas carregadas por cavalos que frequentemente quebravam suas patas passando pelo terrível e sinuoso caminho e acabavam tendo que ser sacrificados, Jacinta notou uma antiga chácara denominada Bica. O lugar estava abandonado e possuía algumas casas simples de madeira que já se arruinavam. Porém o sítio era grande com muitas árvores e parecia muito solitário e silencioso. A chácara também ficava bem próxima da ermida do Desterro.

Jacinta se interessou pelo terreno e logo com a ajuda de seu tio materno, o capitão Manuel Pereira Ramos, comprou a chácara do então proprietário, o Tenente Coronel Domingos Rodrigues Távora que havia arrendado o terreno para exploração de pedras do Senhor Manuel Rodrigues Picanço. Era março de 1742 e foi paga a quantia de 2:100$000 ou um conto e cem mil réis pelo terreno.

Neyde Gomes relada em seu livro chamado de História dos assentamentos de terras em Santa Teresa que os limites da chácara da Bica eram compreendidos pelas do Curvelo, ladeira de Santa Teresa, Riachuelo até o número 89, limitando-se a partir desse número por uma linha reta deitada em direção à rua do Aqueduto da Lapa.

No dia seguinte da compra, Jacinta se mudou para a chácara. Era dia 27 de março de 1742, terça feira de páscoa. Jacinta mostrou para seu irmão José Gonçalves Aires que era Padre, um audacioso projeto, porém lhe confiou em segredo. No dia seguinte, Jacinta foi a Missa na ermida do Desterro, confessou e comungou. Voltou para a chácara e dando adeus aos lares paternos ali entrou em retiro. O único tesouro que trouxera foi uma imagem do Menino Deus. Na casa não havia nenhum oratório. Com a ajuda de seu irmão Padre José, improvisou junto a parede um altar provisório feito com umas varas e ornado com flores e ervas odoríferas que ela foi colher perto de uma fonte de água que havia na chácara. Foi nesse altar que Jacinta se ajoelhou perante a imagem e murmurou as primeiras orações naquele lugar.

Jacinta recomendou ao seu irmão que levasse seu abraço aos seus pais e que convidasse sua irmã Francisca caso quisesse viver com ela naquele retiro. Francisca não demorou ir ao encontro de sua irmã e logo foram enclausurar-se naquele lugar sagrado. Para isso, assumiram novos nomes: Jacinta de São José e Francisca de Jesus Maria.

A ORIGEM DA CAPELA DO MENINO DEUS

Não demorou a que as irmãs conseguissem erguer um pequeno templo cujo padroeiro seria o Menino Jesus. Para isso, foi necessária a autorização do então Bispo do Rio de Janeiro, Dom Frei João da Cruz. Tal autorização foi concedida na data de 03 de abril de 1742. Jacinta e Francisca venderam algumas joias pessoais e com o dinheiro compraram a cal na Casa do Alcântara para iniciar a construção da capelinha.

Em 1741. Dom Frei João da Cruz tentou adiantar as obras do futuro Convento da Ajuda que ficaria localizado onde hoje fica o Lardo da Cinelândia. O convento seria sob a Regra de Santa Clara. O Bispo convidou Jacinta para a fundação em 14 de maio 1742, mas ela já estava firme na sua vocação de seguir as regras de Santa Teresa e não cedeu ao convite.

Sob a direção pessoal de Jacinta, trabalhavam nas tardes e nas noites de luar. Jacinta levava as pedras nas costas. Francisca na cabeça e Padre José juntamente com seu irmão Sebastião eram ajudados por alguns escravos que carregavam em um carrinho de mão. De longe os curiosos observavam a façanha.

A notícia dos atos de Jacinta não demorou a chegar aos ouvidos do então Governador do Rio de Janeiro, Gomes Freire de Andrade, através do Padre jesuíta Luiz Tavares. Gomes Freire era um homem temente a Deus e ajudou a erguer muitas igrejas no Centro do Rio de Janeiro durante seu governo. Gomes Freire colaborou financeiramente e ajudou a arcar os custos da construção da Capela. As esmolas dos fiéis também ajudavam a financiar a construção do templo.

Joaquim Manuel de Macedo descreve assim no livro Um passeio pela cidade do Rio de Janeiro (1882):

“A casa arruinada na chácara da Bica tinha se tornado o objeto mais vivo de interesse e veneração para os habitantes da cidade. Nela se asilaram as suas flores precursoras do Carmelo brasileiro. A fama de santidade daquelas duas mulheres faziam daquele velho e humilde teto, um recolhimento cheio de prestígio, santificado por orações e aplaudido pelos anjos. Elas esqueciam o descanso e o sono, além da delicadeza do seu sexo e se levavam pelo ardente desejo de verem mais depressa acabada a sua capela”.

A Capela logo ficou pronta e no dia de São Silvestre e último do ano de 1743, o Cônego Doutoral Henrique Moreira de Carvalho benzeu a nova Igreja. No dia seguinte, em uma cerimônia solene foi celebrada a primeira Missa no local pelo carmelita descalço, Padre Frei Manoel Francisco. Padre Manoel foi trazido de Portugal pelo Bispo para acompanhar espiritual mente as irmãs. Francisca e Jacinta estavam vestidas de capas e saias pardas e um véu preto na cabeça. Na ocasião foi entronizada a imagem do orago: O Menino Deus. Jacinta colocou um postigo com um raio de folha do lado do Evangelho e sobre o presbitério e também um pano que impedia a vista, Ali, ela improvisou um confessionário.

Por duas vezes, o Bispo Dom Frei da Cruz as visitou na capelinha e rezou Missa. O Bispo observou a enorme pobreza do lugar e ofereceu duas imagens: uma de Nossa Senhora do Carmo e outra de São João da Cruz que ainda se encontram guardadas nos altares do Convento de Santa Teresa.

Jacinta e Francisca viviam no fundo da chácara em um pequeno quarto e muito simples. Só se comunicavam através de uma pequena janela que estava sempre tampada por um véu. Seus irmãos que também se entregaram a vocação religiosa também viviam com elas só que em outro quarto e com mais liberdade.

OS PRIMEIROS ANOS DA CAPELINHA

Brasão de D; João da Cruz
Em 1745, o Bispo Dom João da Cruz renunciou ao bispado para regressar a Lisboa. A notícia entristeceu muito Jacinta, pois tinha nele uma grande confiança e apoio a sua causa de se tornar uma carmelita. Poucos dias antes de regressar a Portugal, Dom João da Cruz visitou a capelinha e celebrou Missa pela última vez. E animou Jacinta a continuar perseverante na busca por sua vontade, pois um dia Deus a recompensaria. Conta-se que as irmãs choraram muito nessa despedida. A partida do Bispo atrasou de certa forma as pretensões de Jacinta.

Outro duro golpe foi a morte de seu diretor espiritual em setembro do mesmo ano, o Padre Manoel Francisco que teve seu corpo sepultado na Igreja do Carmo da Antiga Sé.

A tristeza da partida de dois grandes amigos transformou-se em alegria quando em 15 de março de 1748, Rosa de Jesus Maria se juntos as irmãs no recolhimento do Menino Deus. Após sua chegada, ouras mulheres a acompanharem: Ana de Santo Agostinho, Maria de Santa Teresa e Ana de Jesus. Logo essas mulheres reconheceram Jacinta como sua superiora.

A MORTE DE FRANCISCA

Francisca foi golpeada de uma grave enfermidade. Contraiu tuberculose pulmonar que a matou no dia 14 de julho de 1748 com apenas vinte e oito anos de idade. Foram inúmeras as histórias contadas nos seus últimos dias de vida e primeiros de morte. Conta-se que uma vez, as irmãs estavam ao lado da Capela e Jacinta pegou algumas pedrinhas no chão e deu para Francisca e lhe falou para plantar que daria coentro. Francisca semeou as pedras e tempos depois colheu coentro. Jacinta então pergunta se não percebeu que lhe dera pedras e Francisca responde que sim, mas creu que se tivesse fé Deus lhe daria o coentro.

Antes de morrer, porém, Francisca teve a alegria de ver mais um irmão seu ordenado: o Padre Sebastião e José Gonçalves. Padre Antônio Nunes, seu confessor assim descreve Francisca:
“Sua vida era de muita pureza de consciência, de coração muito singelo e de espírito muito liberto e recatado, alegre e mortificada, sem fingimentos nem beatices exteriores, muito sofredora, pacífica e humilde, sem apego e obediente, caridosa e dada a oração e muita solidez em seu exercícios religiosos. Era muito trabalhadora apesar se freqüentes queixas de dores temporais”.

Conta-se que após sua morte, seu corpo perdeu a rigidez cadavérica e por dois dias se conservou incorrupto. O povo ia em multidão ver. Os religiosos próximos da Ordem Terceira de São Francisco entusiasmados com os relatos sobre Jacinta e sua irmã, foram até a Capela do Menino Deus oferecer lugar em sua Igreja. Fato que Jacinta negou, pois queria ter sua irmã sempre perto de si.

O corpo de Francisca de Jesus Maria foi sepultado, por desejo de Jacinta, na Capela do Menino Deus.

JACINTA RECEBE NOVAS COMPANHEIRAS

A intercessão de Francisca no céu culminou para o ingresso de novas mulheres. Juntaram-se à Jacinta e as outras quatro mulheres que já estavam lá: Inácia Catarina de Jesus, Isabel do Sacramento, Felipa de Santa Teresa, Maria da Encarnação (irmã do Bispo de Coimbra, Dom Francisco de Lemos de Farias Pereira Coutinho), Ana do Sacramento, Ana de São Francisco, Maria da Conceição, Maria do calvário e Antônia de Jesus. Este aumento considerável de mulheres obrigou Jacinta a redistribuir e organizar novas celas conforme os ensinamentos de Santa Teresa. Só faltava a ereção canônica da nova comunidade, mas isso ainda causaria um longo calvário a Jacinta.

Eram mais de dez mulheres perseverantes e dedicadas que celebravam na capela que Jacinta e seus irmãos construíram os exercícios da religião, as festas de Natal, Santa Teresa com matinas que contava com a presença constante de Gomes Freire.

Com a chegada de tantas mulheres, Jacinta percebeu a grande dificuldade que teria para manter o local com mais despesas e manutenções. Então Jacinta foi procurar o Governador Gomes Freire cheia de esperança que a ajudasse mais uma vez. Gomes Freire, atendendo as súplicas de Jacinta foi visitar a chácara. Ele ficou muito admirado com a vida, tranqüilidade e dignidade que aquelas mulheres viviam e prometeu que arcaria com a construção de um grande convento para que pudessem viver com mais conforto suas vocações.

A primeira providência de Gomes Freire foi levar o novo Bispo do Rio de Janeiro Dom Frei Antônio do Desterro para conhecer a Capela do Menino Deus e as mulheres que a zelavam. O Bispo logo se impressionou com o que viu e concedeu uma bênção, ainda que sem nenhuma formalidade canônica. Para essa bênção Jacinta e suas companheiras vestiram um hábito simples e ficaram descalças. O Governador e o Bispo tiveram que se sentar no degrau da porta por não haver nem uma cadeira para descansarem. Dom Frei Antônio do Desterro sugeriu que elas seguissem a Ordem de Santa Clara tornando-se Clarissas devido às características climáticas do Brasil inviabilizar as práticas da Regra de Santa Teresa. Mas Jacinta resistia bravamente e sonhava um dia ser uma carmelita como foi Santa Teresa.

CONSTRUÇÃO DO CONVENTO DE SANTA TERESA

Poucos sabem, mas apesar do Convento ser de Santa Teresa, a igreja é dedicada a Nossa Senhora do Desterro. Como já foi citado anteriormente, Jacinta voltava da Missa na Ermida do Desterro quando avistou a chácara da Bica. O Convento de Santa Teresa foi construído justamente nessa ermida. Por isso continuou-se a devoção à Virgem do Desterro.

Convento de Santa Teresa
Conta-se que Gomes Freire queria erguer o convento na própria chácara da Bica, porém mudou de idéia. Naquele tempo, era comum construírem igrejas no alto dos morros. No Rio de Janeiro, havia vários exemplos na época, tais como: o Convento de Santo Antônio, Outeiro da Glória, Igreja da Penha, Mosteiro de São Bento. Foi Jacinta também que teria escolhido o local dizendo que se não fosse na chácara da Bica que fosse ao alto do Desterro para que olhasse de lá a capela que levantou com as próprias mãos.

Naquela época, as Igrejas no alto dos morros tinham a características de serem construídas de frente para o mar, mas o Convento das carmelitas fugiu a tradição. Conta-se também que Jacinta foi quem determinou a direção de seu convento. Para erguer o templo, nada melhor do que o melhor mestre de obras da época que era o Alpoim.

Em junho de 1750 foi lançada a pedra fundamental do convento. Com a bênção do Bispo e presença do Governador e do Senado, Jacinta e suas companheiras estiveram presentes. De noite, na Igreja da Lapa, foi oferecido um jantar às donzelas por Gomes Freire. Após o término, elas regressaram para a Capela do Menino Deus.

Começava aí a despedida de Jacinta da Capela do Menino Deus e da chácara da Bica. Um ano demorou para que o convento ficasse pronto. Era o dia 24 de junho de 1751 quando Jacinta assistiu Missa e comungou pela última vez na Capelinha. Conta-se que Jacinta ficou muito triste por ter que deixar aquele lugar para sempre.

O SONHO DE JACINTA E A DESPEDIDA DE SEU PROTETOR

Governador Gomes Freire
Em 1751, Jacinta ambicionou ainda mais a idéia de que o novo convento fosse de Santa Teresa. A autorização do Papa Bento XIV era bem clara de que no convento seria praticada as Regras de Santa Clara. O Bispo do Rio de Janeiro também não apoiava a idéia de ser de Santa Teresa. Por isso, Jacinta embarcou para Lisboa em novembro de 1753 em companhia de seu irmão o Padre Sebastião e do Padre Antonio Nunes, seu confessor, para suplicar a proteção do Rei de Portugal, Dom José I que intercedeu a causa junto ao Papa.

Jacinta voltou de Portugal em abril de 1756 após conseguir autorização do Rei. Mas nem isso fez com que o Bispo mudasse de idéia. Dom Antônio do Desterro passou por cima da decisão da Santa Sé e do Governo Real e entrou em conflito com Jacinta. Jacinta por sua vez poderia ter recorrido a Roma, mas não fez por ser obediente ao seu Bispo mesmo indo contra sua vontade.

Os anos se passaram e em 01 de janeiro de 1763 morria Gomes Freire de Andrade. Seu corpo foi sepultado no presbitério da Igreja do Convento. Na tampa, nenhuma inscrição foi feita em virtude de um pedido do próprio Gomes Freire que morreu sem ver Jacinta professar os votos na regra de Santa Teresa. Hoje, o Governador Gomes Freire tem seu nome dado a uma rua próxima a Capela Menino Deus em homenagem aos seus feitos em favor da Capela Menino Deus e do Convento de Santa Teresa.

Gomes Freire foi um dos maiores responsáveis pela construção da Capela do Menino Deus e do Convento de Santa Teresa. Era um homem em que Jacinta colocava sem temer sua confiança e por isso merece o nosso reconhecimento.

A MORTE DE JACINTA

Era 02 de outubro de 1768 quando no meio de suas companheiras, Jacinta partiu para junto do Pai. Jacinta morreu sem professar a regra da santa de sua devoção. Antes, porém, Jacinta já tinha deixado o futuro de suas companheiras encaminhadas. Nomeou Maria da Encarnação para lhe suceder no comando do convento e insistiu para que aquelas mulheres seguissem na luta de um dia conseguir seguir as regras de Santa Teresa em terras cariocas.

Uma multidão de fiéis correram e ficaram em vigília na grade do templo quando souberam da partida de Jacinta.

Isso não é a história de uma mulher. É a lenda de uma santa. Jacinta nunca foi carmelita descalça, mas foi a verdadeira fundadora do Carmelo no Brasil. Seu corpo foi sepultado ao lado do túmulo de Gomes Freire e repousa lá até os dias atuais.

NASCE AS PRIMEIRAS CARMELITAS DESCALÇAS DO BRASIL

Dom Frei Antônio do Desterro foi visitar o convento após doze anos e reafirmou a Maria da Encarnação que não concederia a autorização pretendida em vida por Jacinta. O Bispo morreu em 05 de dezembro de 1777 sem abrir mão de sua postura no caso de Jacinta.

A morte do Bispo foi um marco para o futuro das carmelitas no Brasil. Seu substituto, Dom José Joaquim Justiniano Mascarenhas Castelo Branco comprou a causa de Jacinta e executou o Breve do Papa Bento XIV e do Governo Real sob a governança da Rainha D. Maria I que em 11 de outubro de 1777, confirmou a licença dada por seu pai as religiosas reclusas. Em 16 de julho de 1780, o Bispo declarou clausura canônica da casa. No dia seguinte impôs o hábito da reforma carmelita e lhes abriu o noviciado.

No dia de São Sebastião do ano de 1781, tiveram as noviças de recolher-se no Convento da Ajuda por três dias. No dia 23 do mesmo mês, saíram em procissão rumo ao Morro do Desterro. Tomadas por véu, as mulheres eram acompanhas pelo povo essencialmente religioso na época que com olhares caridosos as observavam. No céu, Jacinta devia estar satisfeita com seu desejo sendo realizado.

Naquela mesma semana, uma grande cerimônia solene presidida pelo Bispo Dom José, as companheiras de Jacinta fizeram seus votos e professaram oficialmente a Regra de Santa Teresa perante os olhares da multidão que foi testemunhar o ocorrido. A partir daí, o Morro do Desterro começou a se chamar de Santa Teresa e Jacinta enfim, repousou em paz.

sábado, 24 de março de 2012

quinta-feira, 22 de março de 2012

INICIAÇÃO CRISTÃ PARA JOVENS E ADULTOS


Você sabe o que é Catecumenato?

O catecumenato é a preparação para o Batismo, e portanto ocupa um lugar muito importante. Sendo a iniciação à fé e à vida cristã, deve dispor para o acolhimento do dom de Deus no Batismo, na Confirmação e na Eucaristia.

para saber mais clique aqui


Conhece alguém que não é Batizado mas tem o desejo de ser?

Estamos com inscrições abertas na Igreja Matriz, rua Áurea nº 71 - Santa Teresa, nos dias 25/03, 01, 08 e 15/04/2012, após a Missa das 10 horas, até 12h.

Divulgue entre seus amigos e familiares.


sábado, 17 de março de 2012

COMEMORANDO

Nesta sexta-feira, 16/03, Paroquianos de Santa Teresa comemoraram o aniversário natalício do Pároco da Igreja Matriz, Pe. Silmar.
Após Santa Missa celebrada por Pe. Silmar, todos cantaram parabéns no salão paroquial da Igreja.







sexta-feira, 16 de março de 2012

FELIZ ANIVERSÁRIO Pe. SILMAR



Hoje Celebramos o aniversario natalício do Pe. Silmar Alves Fernandes, Pároco de nossa Igreja Matriz de Santa Teresa de Jesus.

Poema escrito por Pe. Silmar e sua irmã, que também comemora aniversário nesta data:

Poema de mais um Aniversário

Ficamos mais velhos , minha irmã.
Resplandeceu o dia!
E o sol da vida pontificou belo e gigante,
Como um falcão, uma águia, uma ave de rapina.

No pátio silencioso do Carmelo de Santa Teresa,
A borboleta azul suspensa rodopiava
e com um cão que admirado lhe via,
cheio de surpresa e ternura brincava.

A vida é mesmo este misto de espanto e alegria?

Envelhecemos nas águas do verão.
À noite nossas dores ainda fulgura
o tempo sempre tão igual ao dos outros,
e intrépidas alegrias entre o mundo que passa e perdura,
felizes com o finito perene a ensaiar voos.

Não há aqui como violar consciências ao tanger corações e rebanhos.
Hoje nossos minutos e vagas horas são tempo de semeadura e paz.
Em nosso peito não irrompe tristeza sem âncora, sem porto.
Posto que o tudo de agora já é princípio de eternidade.


Nos alegramos e agradecemos a Deus pela preciosa vida do Pe. Silmar.
Que Nossa Senhora e o seu Amado Filho Jesus, estejam sempre guiando seus caminhos.


"Ensinai-nos Senhor a bem contar os nossos dias para alcançarmos o saber do coração". (Sl. 89,12)


quinta-feira, 15 de março de 2012

segunda-feira, 12 de março de 2012

Missa de Profissão Solene


No dia 10 de março de 2012, foi celebrada Missa da Profissão Solene da Ir. Flavia Maria Jose de Jesus, a Santa Missa foi presidida por D. Roberto e demais concelebrantes.

Ir. Flavia, transbordante de alegria no dia de sua profissão solene. No Carmelo ela encontrou, como Maria de Betânia, a palavra de seu Amado e Adorado Jesus, seu Senhor e Rei, único que explica e dá sentido a sua vida. Aqui ela abraça as intenções do mundo inteiro e se oferece como vitima de amor pela salvação das almas.


quarta-feira, 7 de março de 2012

Pascom Brasil: “Identidade e Missão”

“Identidade e Missão” é o tema do 3º Encontro Nacional da Pascom (Pastoral da Comunicação), que se realizará em Aparecida (SP) entre os dias 19 e 22 de julho. O evento, promovido pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), contará com a participação da equipe da Web TV Redentor: Nestor Rangel e Leanna Scal farão parte do oitavo seminário (Práticas em Comunicação – Pascom na Internet), no dia 21 de julho, e ministrarão uma palestra sobre o Web Jornalismo. As inscrições já estão abertas: www.cnbb.org.br/3enc

Temas como “O que é a Pastoral da Comunicação e como se organiza”, “webjornalismo”, “Redes sociais”, “Crimes na Internet”, “RIIBRA” (rede de informática da Igreja no Brasil) e “Linguagem específica da Web Rádio” serão trabalhados ao longo do encontro.

Segundo a assessora da Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação Social, irmã Élide Maria Fogolari, este encontro quer ser um momento importante de reflexão, estudo e trocas de experiências para aqueles que desejam comunicar Jesus Cristo através dos meios de comunicação.

— É um evento para todas as pessoas que fazem comunicação católica no Brasil e que desejam aprimorar o ser e o fazer evangelização através da comunicação, afirmou.

Em entrevista à Zenit , Irmã Élide explicou um pouco mais sobre o que é a Pastoral da Comunicação e falou sobre o 3º encontro.

O que é a Pastoral da Comunicação (Pascom)?

Ir. Élide Fogolari: Veja bem, a Pastoral da Comunicação parece ser uma outra dimensão da comunicação. Mas, a melhor definição é: a comunicação na Igreja é denominada pastoral. Porque toda ação comunicativa da Igreja sempre tem a intenção de evangelizar, de anunciar a boa nova de Jesus Cristo a todos, etc. Isso vai dar sentido à pastoral. Então, toda comunicação na Igreja é denominada Pastoral da Comunicação.

Como nasceu a Pascom na CNBB?

Ir. Élide Fogolari: Há uns 30 anos atrás, quando a CNBB veio para Brasília, um grupo de bispos com Dom Eugênio Sales deram início a uma estruturação da comunicação aqui na CNBB. E ali foram se desdobrando todas as atividades da comunicação, inclusive a Pastoral da Comunicação.

Dos dias 19 a 22 de Julho desse ano se terá em Aparecida o 3º Encontro Nacional da PASCOM. Qual é a contribuição que esse evento dará para um comunicador católico?

Ir. Élide Fogolari: Contribui de vários modos. Primeiro, o sentido do lugar onde está sediado o evento, que é um sentido bastante pastoral, motivador. Eu sempre digo que é aos pés de Maria que nós vamos aprender a ser comunicadores como ela foi e continua sendo, dando Jesus ao mundo. Em segundo lugar, ou como segunda motivação, é convocar todas as pessoas que trabalham com a comunicação da Igreja no Brasil, sejam eles profissionais, sejam eles amadores, sejam pessoas não comprometidas ou pessoas que desejam se comprometer. Para quê? Para que essas pessoas durante esses dias, através de seminários, oficinas e mesas redondas, possam discutir a comunicação nos seus vários aspectos; seja ela impressa, seja ela visual... Um outro momento é dar a oportunidade da troca de experiências que se realizam na Igreja do Brasil. E é por isso que estamos realizando esse 3º PASCOM, pois se percebe esse resultado: as pessoas se animam, se entusiasmam, se motivam e querem isso.

Então não será restrito só para os comunicadores profissionais?

Ir. Élide Fogolari: Não. Se reunirão os profissionais, os especialistas da comunicação que trabalham com a comunicação, e também estarão aquelas pessoas que estão na prática, mas que não têm tanta formação. E eles vão lá porque é uma troca de experiência, e é isso que os motiva a ir.

E os bispos estão enviando seus leigos?

Ir. Élide Fogolari: Os bispos estão muito interessados em enviar seus leigos, porque eles percebem que essas pessoas, quando regressam para as suas dioceses, desde o primeiro Pascom até esse terceiro, contribuem muito porque percebem que vale a pena trabalhar com a comunicação. E isso porque não é só para anunciar o Reino de Deus, mas também para construir uma sociedade mais humana, mais justa e fraterna.

Então, o PASCOM não quer só contribuir para a comunicação da Igreja no Brasil, mas também quer contribuir para a comunicação do Brasil?

Ir. Élide Fogolari: Sim. Queremos que também a comunicação institucional possa usufruir do Pascom. As pessoas vão perceber que vão para esse encontro não somente para que depois estejam continuando na comunicação enquanto anunciar a Boa Nova. Mas, voltando, eles motivam também os profissionais que estão nas suas cidades a se engajarem numa comunicação que seja mais justa, mais digna, numa comunicação que é um direito nosso, na verdade, na justiça, no social.

Outras informações também estão disponíveis no setor de Comunicação Social da Conferência Nacional do Bispos do Brasil (CNBB), no telefone: (61) 2103-8366.

terça-feira, 6 de março de 2012

PASCOM-ST PARTICIPA DE CURSO PROMOVIDO PELA PJ-RIO

No último dia 05 de março, a PASCOM-ST partiticipou do curso aberto promovido pela Pastoral da Juventude-Rio, sobre o tema "Como Evangelizar através do Jornalismo, para quem não é Jornalista", ministrado pela Editora do Portal da Arquidiocese do Rio de Janeiro, a Jornalista Nice Affonso. De nossa Paróquia, estiveram presentes Teresa Agrello e Verônica Freire, além de outros representantes de outras Paróquias e Vicariatos.
O Curso teve início com uma breve oração e em seguida a Palestrante destacou pontos importantes em relação à Evangelização através das mídias, ao público-alvo, à postura do evangelizador e a seu senso crítico diante do que vai comunicar e, principalmente, o foco na dignidade da pessoa. Frisou que, enquanto comunicadores, profissionais ou amadores, estamos antes de tudo, portando a Palavra de Deus, gerando vida e muitas vezes salvação através da comunicação e por isso devemos fazê-lo como o próprio Jesus o fazia, com o coração aberto, de maneira interessada, com o olhar fixo no próximo e nunca de forma fria, mecânica e distante. A comunicação pode agregar pessoas, mas se for feita de maneira irrefletida pode afastá-las e nós enquanto Igreja, não desejamos isso.
O curso foi encerrado com um vídeo da música "Tudo posso", como incentivo à todos os presentes para que confiem em Deus, que confiou a nós a missão de comunicar a Boa Nova.

Tudo Posso (Celina Borges)

Posso, tudo posso Naquele que me fortalece

Nada e ninguém no mundo vai me fazer desistir

Quero, tudo quero, sem medo entregar meus projetos

Deixar-me guiar nos caminhos que Deus desejou pra mim e ali estar

Vou perseguir tudo aquilo que Deus já escolheu pra mim

Vou persistir, e mesmo nas marcas daquela dor
Do que ficou, vou me lembrar

E realizar o sonho mais lindo que Deus sonhou

Em meu lugar estar na espera de um novo que vai chegar
Vou persistir, continuar a esperar e crer
E mesmo quando a visão se turva e o coração só chora

Mas na alma, há certeza da vitória
Posso, tudo posso Naquele que me fortalece

Nada e ninguém no mundo vai me fazer desistir

Vou perseguir tudo aquilo que Deus já escolheu pra mim

Vou persistir, e mesmo nas marcas daquela dor

Do que ficou, vou me lembrar

E realizar o sonho mais lindo que Deus sonhou

Em meu lugar estar na espera de um novo que vai chegar

Vou persistir, continuar a esperar e crer ...
Eu vou sofrendo, mas seguindo enquanto tantos não entendem

Vou cantando minha história, profetizando

Que eu posso, tudo posso... em Jesus!