Texto e fotos: Victor Gonzalez
Encerrando os festejos em honra de sua padroeira, a comunidade da Paróquia de Santa Teresa de Jesus, no bairro de Santa Teresa, se reuniu para uma missa solene às 18h do último sábado, dia 15 de outubro. A celebração foi presidida pelo bispo auxiliar da Arquidiocese do Rio de Janeiro, Dom Pedro Cunha, concelebrada pelo pároco, Padre Silmar Alves Fernandes, pelo vigário paroquial, Padre Mario Barbosa, pelo Chanceler da Cúria Metropolitana, Padre André Feitosa, e pelo pároco do Santuário de Nossa Senhora de Fátima, Padre Paulo Cesar Magalhães, assistida pelo Diácono Marcos André dos Santos e animada pelo grupo Missão Vozes da Igreja, de São Gonçalo.
Durante a celebração, Dom Pedro recordou os cinco anos em que atuou como pároco local. Muito a vontade, recordou as atividades pastorais de sua época e, muito satisfeito por reencontrar as pessoas que permaneciam colaborando com a Igreja, cumprimentou os presentes, muitos nominalmente. Ele destacou a importância da contribuição e participação na paróquia independente das mudanças que ocorrem na administração paroquial. Ele também lembrou todo o apoio recebido pelas irmãs do Carmelo, convento que deu nome ao bairro de Santa Teresa e ao redor do qual o bairro foi crescendo e se formando.
A missa também tinha como intenção todos os mestres, no dia a eles dedicado. Dom Pedro lembrou que Santa Teresa d´Ávila é a patrona dos professores, e destacou a importância de se meditar sobre aqueles que educam. Para o Bispo, educar é tomar pelas mãos e mostrar o caminho, algo que Teresa soube fazer brilhantemente, tendo sua maestria reconhecida ao ser declarada doutora da Igreja pelo Papa Paulo VI em 1970.
Em sua reflexão, o bispo destacou a dificuldade de Santa Teresa d´Ávila em toda a sua história de vida. Com o objetivo de reformar os carmelos, Teresa se preocupava para não ser interpretada como uma revolucionária bélica nem cultural. Seu desejo era uma atualização espiritual sem perder os valores do cristianismo. Ela não quis dividir a Igreja, apenas dar uma roupagem nova, de modo a torná-la mais atraente.
“Teresa foi muitas vezes incompreendida pelas suas irmãs de convento por entrar em êxtase, uma união estática onde se desprendia completamente das coisas materiais. Era tamanha a comunhão espiritual com Deus e tamanho o nível de contemplação que ela chegava ao desmaio, ao desfalecimento”, explicou Dom Pedro.
Relembrando as vítimas do acidente com um bonde acontecido em agosto, também uma das intenções da celebração, o bispo enfatizou a necessidade da oração. Citando São Paulo, ele explicou que mesmo que não saibamos rezar, o Espírito Santo vem em nosso auxílio e assim Deus nos dá os sinais de espiritualidade. “A oração é a porta de entrada para uma constante comunhão com Deus. Porém devemos mais ouvir do que falar, deixar o Espírito Santo controlar a oração”, ensinou.
Durante a celebração receberam o sacramento da crisma Cristiani Ferreira e Tereza Rontalva, um adulto e um jovem representaram o compromisso que devemos ter com a Igreja de Cristo. Dom Pedro destacou a importância de amarmos a Igreja, tal como cremos e amamos Cristo, seu fundador. “Deixemos o Espírito nos guiar para o que devemos fazer no mundo”, encerrou.
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